GIRO NA PRAÇA

SESC Rio de Janeiro (2022)

Plataforma multimídia interativa (Rio de Janeiro, 2022)
Idealizada pela CRUA com realização do SESC Rio, Giro na Praça é uma plataforma multimídia que propõe um mergulho do visitante nas histórias e memórias da Praça Gal. Osório através dos personagens que a compõem. Das lembranças do fundador da Banda de Ipanema às aulas de ginástica ao ar livre; da arte barroca do Mestre Valentim à revitalização que reativou o chafariz criado por ele há mais de 200 anos, as narrativas se entrelaçam e se complementam em retratos, audioguias, imagens de arquivo e tecnologia 360º. Um passeio que nos permite conhecer e reviver os acontecimentos deste espaço icônico da cidade do Rio de Janeiro.

www.gironapraca.com.br

Direção geral: Marcia Mansur e Marina Thomé

Durante a produção do Giro na Praça, foi realizado o LAB DA PRAÇA, com oficinas sobre o cinema documental, cartografias de memórias e narrativas imersivas. O LAB também contou com o Cabine Aberta, um set de filmagem que gravou depoimentos e memórias de moradores, transeuntes, trabalhadores e frequentadores da praça e que se transformou nos “Retratos da Praça”, da seção Praça em 3×4. O projeto também teve como resultado um documentário em curta-metragem que foi projetado ao ar livre para a população local em seu lançamento.

A cinco minutos da praia de Ipanema, desde sempre frequentada por artistas e intelectuais, no bairro homônimo, boêmio e vanguardista da zona sul do Rio de Janeiro; é ladeada pelas ruas Visconde de Pirajá, Teixeira de Melo, Jangadeiros e Prudente de Morais – hoje cheias de bares, restaurantes e prestadores de serviços.
Foi criada em 1894 pelo Barão de Ipanema, que loteou o bairro e deu a ele sua nobre alcunha. É certo que o nome da praça – que homenageia o marechal que liderou a guerra do Paraguai – não combina muito com seu aspecto transgressor, mas o espaço foi e continua sendo palco de importantes acontecimentos, como o surgimento da Banda de Ipanema em plena ditadura militar, o happening Bandeiras, em 1968 – um encontro político de artistas, onde Hélio Oiticica expôs pela primeira vez a icônica bandeira “Seja marginal, seja herói”, que virou símbolo da cultura marginal; e a feira hippie, que há mais de 50 anos promove a exposição de trabalhos de artistas de diversos segmentos.

Lá também fica o chafariz das Saracuras, esculpido em 1795 por Mestre Valentim, um dos principais artistas do Brasil colônia. Em 2009 a inauguração da estação de metrô General Osório trouxe mais acesso à praça, que foi revitalizada em agosto de 2022, com atrações para todas as idades. A partir de então, um novo jargão começou a ser entoado por ali: “Viva a praça viva!”
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